Alta do ouro amplia uso de concentradores de gravidade

Em meio à volatilidade do mercado global e preços recordes do ouro, o grupo de separação por gravidade Knelson da FLS tem colaborado com mineradoras para maximizar o potencial de suas operações. A revista IM International Mining conversou recentemente com Chris Arnold, gerente de produtos da FLS para concentradores Knelson, que destacou as vantagens do equipamento e as melhorias recentes incorporadas.

Arnold diz que o aumento dos preços do ouro significou que o uso de concentradores de gravidade em operações polimetálicas, mesmo aquelas com mínimo de ouro recuperável por gravidade, pode melhorar significativamente a lucratividade Esses circuitos não apenas recuperam ouro por gravidade como produto vendável, mas também evitam a moagem excessiva que pode tornar o ouro irrecuperável em etapas posteriores. Normalmente, os concentradores Knelson são instalados em circuitos de moagem primária para recuperar o ouro grosso, ou em circuitos de remoagem para recuperar ouro ultrafino usando uma tecnologia de cone patenteada.

Com a ampliação das instalações de ouro em grandes minas de cobre e a mudança da indústria do ouro para operações de alta tonelagem e baixo teor, ele diz que o concentrador Knelson QS70 experimentou uma demanda recorde. É o maior concentrador disponível na indústria, com 2,5 vezes a capacidade do equipamento concorrente mais próximo – ele fornece vantagens operacionais significativas, incluindo uma instalação menor e necessidade reduzida de infraestrutura upstream e downstream extensa para a mesma tonelagem tratada.

Melhorando o desempenho com novas tecnologias

Melhorar o desempenho do concentrador tem sido um foco importante dos desenvolvimentos na FLS. Melhorias recentes no design aumentam o capacidade e simplificam a manutenção. O desenvolvimento intensivo de componentes resistentes ao desgaste e técnicas superiores de fabricação de peças resultaram em maior vida útil e melhor desempenho. A Série QS tem design simplificado com centro de gravidade baixo e possui menos componentes.

Além disso, o desenvolvimento da nova tecnologia de cone GX melhorou as recuperações de ouro, ao mesmo tempo em que proporcionou benefícios ambientais, como consumo reduzido de água e maior vida útil das peças de desgaste. O concentrador Knelson utiliza um leito totalmente fluidizado que distribui os minerais uniformemente em toda a superfície do cone, dando máxima eficiência e recuperação consistente. Arnold diz que pesquisas mostraram que cones subfluidizados e zonas de corrida seca reduzem significativamente o desempenho em frações de vários tamanhos. Portanto, manter um cone totalmente fluidizado é essencial para um desempenho otimizado. A FLS também fornece cones específicos para aplicações de recuperação de ouro grosso, fino e ultrafino.

Modernização de planta em Gana

A modernização de um circuito de recuperação de ouro por gravidade na planta de processamento de Tarkwa, em Gana, segundo a FLS, ilustra a eficácia dos concentradores Knelson na recuperação de ouro em operações metalúrgicas.

Durante o projeto, um extenso trabalho de teste metalúrgico destacou o potencial dos concentradores Knelson para melhorar a recuperação de ouro tanto de minério fresco quanto de rejeitos CIL. Os concentradores demonstraram eficiência na captura de uma proporção maior de partículas de ouro grosseiras, que são frequentemente perdidas em circuitos de processamento convencionais. A recuperação substancial de rejeitos CIL contribuiu para melhorar o desempenho geral da planta, validando o investimento inicial nessa tecnologia.

A modelagem financeira demonstrou que a implementação do sistema Knelson não apenas aumentou a recuperação total de ouro em 0,6%, mas também reduziu o consumo de reagentes, resultando em economias de custo significativas. A FLS acrescenta que com aproximadamente 5.250 onças adicionais de ouro recuperadas anualmente, os benefícios financeiros resultaram em um payback de 16 meses. O uso reduzido de cianeto e os custos operacionais mais baixos foram destacados como vantagens adicionais.

Fonte: Revista Mineração & Sustentabilidade